Aqui é um espaço para crescermos juntos

Nada é por acaso! Tudo tem um propósito um plano. Vamos descobrir juntos. Falaremos de assuntos variados mas edificantes. Não tenho a pretensão de ensinar a não ser a de aprender, conhecer um pouco mais a cada dia.Creio que a vida tem muito a nos ensinar e viajaremos juntos nesse emocionante mundo da internet que nos tem permitido viver uma grande metanoia constante.( Metanóia é uma palavra de origem grega (μετάνοια , metanoia) e significa arrependimento, conversão (tanto espiritual, bem como intelectual), mudança de direção e mudança de mente; mudança de atitudes, temperamentos; caráter trabalhado e evoluído.) Beijos e bençãos .

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Com certeza você ja ouviu falar. Mas sabe quem é?

Como eu tenho um grande carinho por essa personalidade resolvi descobrir quem era, quem influencia tantas pessoas, que é tão citado. Eis aí:






Lewis é um dos mais importantes guias para nossa era de ansiedade, incredulidade e incerteza moral e espiritual.

O filho pródigo

Clive Staples Lewis, também conhecido entre seus amigos como Jack, nasceu em 29 de novembro de 1898, em Belfast, Irlanda do Norte, e seus pais se chamavam Albert Jantes Lewis e Florença Hamilton Lewis. Seu irmão, Warren Hamilton Lewis, nasceu em 16 de junho de 1895. A mãe de Lewis morreu de câncer, em 23 de agosto de 1908, e esse fato marcou profundamente sua vida. O pai morreu em 24 de setembro de 1929.

Em setembro de 1908, Lewis foi matriculado na escola, em Wynyard, em Hertfordshire — mais tarde, ele se referiu a essa escola, por causa dos maus-tratos recebidos, como "Belsen", fazendo um paralelo ao campo de concentração alemão da Segunda Guerra Mundial. Lewis deixou "Belsen" em junho de 1910, e em setem¬bro foi estudar no colégio Campbell, em Belfast, perto da sua casa, onde permaneceu até novembro, quando teve que abandoná-lo, ao desenvolver sérias dificuldades respiratórias.

Lewis foi enviado a Malvern, na Inglaterra, em 1911. Ele foi matriculado na Cherbourg House — que ele chamava de "Chartres" —, uma escola preparatória perto do Malvern College, onde seu irmão já estudava. Lewis permaneceu lá até junho de 1913. Du¬rante esse tempo ele abandonou a fé cristã que havia recebido na infância, tendo trocado o cristianismo pelas mitologias pagãs apren¬didas na escola. Ele entrou no Malvern College — que ele chamava de "Wyvern" — em setembro de 1913, onde permaneceu até junho do ano seguinte.
Em setembro de 1914, Lewis começou a estudar lógica, com um severo professor que seu pai arrumou. O estudo dessa disciplina foi-lhe muito útil, pois uma marca registrada de seus escritos são a clareza e a lucidez (quase sempre irrefutável) com que apresentou as doutrinas cristãs. Em fevereiro de 1916, Lewis leu uma obra tie George MacDonald pela primeira vez, Phantastes, que "batizou sua imaginação" e o impressionou com uma profunda sensação da santidade. MacDonald foi um dos primeiros escritores a utilizar a fantasia como recurso literário para expor as doutrinas cristãs. Lewis fez sua primeira viagem a Oxford em dezembro desse ano, a fim de fazer um exame para conseguir uma bolsa de estudos. De abril até setembro de 1917, Lewis estudou no University College, na Universidade de Oxford.

Com o começo da Primeira Guerra Mundial, ele se alistou como voluntário no exército britânico e ficou alojado no Keble College, em Oxford, para ser treinado como oficial. Foi comissionado como tenente, no 3.° Batalhão, Infantaria Ligeira de Somerset, em 25 de setembro, e chegou à frente de batalha no vale do Somme, na França, quando completava 19 anos. Lewis foi ferido em Monte Berenchon, durante a Batalha de Arras, em abril de 1918. Ele se recuperou e retornou ao exército em outubro, sendo nomeado para servir na Inglaterra. Ele saiu do exército em dezembro de 1918.

Em janeiro de 1919, Lewis retomou seus estudos na University College, em Oxford, onde se especializou em literatura grega e latina em 1920, em filosofia e história antiga em 1922, e em inglês em 1923. De outubro de 1924 até maio de 1925, serviu como tutor de filosofia, na University College. Em 20 de maio de 1925, Lewis começou a servir como tutor em filosofia e, em seguida, professor adjunto de língua e literatura inglesa, no Magdalen College, em Oxford, onde permaneceu durante vinte e nove anos, até ir lecionar, em 1954, no Magdalene College, em Cambridge. Nesse ano, ele também conheceu o sul-africano J. R. R. Tolkien, professor em Oxford, que foi seu grande amigo por toda a vida.
Ateu desde a adolescência, Lewis veio a se converter, em primeiro lugar, ao teísmo, uma simples fé em Deus, em 1929, depois de ser desafiado por perguntas muito sérias nas aulas de filosofia. Descreveu sua conversão com as seguintes palavras:

Cedi enfim, admitindo que Deus era Deus, e ajoelhei-me e orei: talvez, naquela noite, o mais deprimido e relutante converso de toda a Inglaterra. Não percebi então o que se revela hoje a coisa mais ofuscante e óbvia: a humildade divina que aceita um converso mesmo em tais circunstâncias

Então, ele começou a ler o Novo Testamento em grego. Em 1931, Lewis se tornou, em segundo lugar, um cristão. Em setembro, teve uma longa conversa sobre o cristianismo com seus amigos J. R. R. Tolkien e Hugo Dyson, ambos cristãos devotos e intelectuais. A discussão daquela noite foi muito importante, provocando o evento que ocorreu no dia seguinte. Lewis foi passear de motocicleta com seu irmão, Warnie, e foi levado até Whipsnade numa manhã ensolarada. "Quando partimos, eu não acreditava que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e quando nós chegamos ao zoológico, eu já cria." Ele escreveu a um amigo: "Acabo de converter-me da crença em Deus à crença definitiva em Cristo — no cristianismo". Ele disse depois
Um homem que fosse meramente um ser humano e dissesse as coisas que Jesus disse não seria nenhum grande mestre de moral. [...] Ou ele seria um lunático... ou, então, seria o Demônio do inferno. Você tem de fazer a sua escolha... Pode descartá-lo como um louco, ou pode cuspir nele e matá-lo como se fosse um Demônio; ou então, pode cair de joelhos e chamá-lo de Senhor e Deus. Não me venha com qualquer tipo de baboseira paternalista, dizendo ter sido ele algum mestre de moral. Ele não nos deu essa alternativa. E nem pretendia dar.

Doze dias mais tarde, ele escreveu: "As conversões ocorrem de todas as maneiras possíveis: algumas bruscas e catastróficas (como as de São Paulo, Santo Agostinho ou Bunyan), outras muito gradual e intelectualmente (como a minha)". Logo após sua conversão ao cristianismo, C. S. Lewis escreveu The Pilgrim's Regress [O regresso do peregrino] e, depois, Surpreendido pela alegria — obra considerada um dos grandes clássicos da espiritualidade cristã —, o primeiro em 1933 e o segundo em 1955, ambos sobre sua experiência de conversão. Nessas obras, ele descreve o conceito de saudades, ou a sensação de ansiar pelo infinito, como o aspecto motivador na sua conversão.
Ele se tornou um leigo muito ativo da igreja anglicana, sendo bastante influenciado pelos escritos de grandes cristãos do passado, como Agostinho de Hipona, Lourenço da Ressurreição, Walter Hilton, Richard Hooker, John Bunyan, Jeremy Taylor e outros. Certa vez ele disse:

É uma boa regra: depois de ler um livro novo, nunca se permitir ler um outro novo, antes de ler um antigo entre eles... [porque] naquilo em que [os livros modernos] são verdadeiros, fornecer-nos-ão verdades que já conhecemos em parte. Naquilo em que são falsos, vão agravar os erros dos quais já estamos doentes. O único paliativo é manter a brisa limpa dos séculos em nossas mentes, e isso só pode ser feito pela leitura de velhos livros.












Em 1946, Lewis foi agraciado com o doutorado honorário em divindades, pela Universidade de St. Andrews, em Edimburgo, na Escócia. Em 1949, pregou seu famoso sermão Peso de Glória, posteriormente publicado num livro com outros de seus sermões.

Lewis foi premiado com o doutorado honorário em letras em 1952, pela Universidade de Lavai, em Quebec, Canadá. Em setembro, ele conheceu aquela que seria sua futura esposa, Joy Davidman. Em junho de 1954, Lewis aceitou a cadeira de professor titular de literatura medieval e renascentista em Cambridge. Também fez uma resenha, que foi publicada num jornal inglês, da famosa obra O senhor dos anéis, de seu amigo J. R. R. Tolkien. Lewis assumiu seus deveres em Cambridge, em janeiro de 1955. Durante os anos em que ele esteve em Cambridge, dava aulas no Magdalene College durante a semana e passava os fins de semana e férias em Oxford.

Em 1956, Lewis recebeu a medalha Carnegie, como uma homenagem a toda a série Crônicas de Nárnia, a famosa saga de conto de fadas com fundo cristão em sete livros. Nessa série, Lewis atinge o máximo de sua criatividade. Algumas das principais doutrinas da fé cristã, como a redenção (em O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa, de 1950), a Criação (em Os anéis mágicos, de 1955) e o retorno triunfante de Cristo (em A última batalha, de 1956), são apresentadas para crianças, tendo como cenário um ambiente tipicamente medieval. As Crônicas de Nárnia são consideradas uma das melhores publicações contemporâneas para crianças. Inspirado pela ficção científica de H. G. Wells, Lewis resolveu produzir uma visão alternativa do cosmos. Para além do planeta silencioso (1938), Perelandra (1942) e Aquela força medonha (1945) exibem um quadro colorido e concreto de outros mundos, encantados por uma rica variedade de criaturas sensitivas racionais, morais e estéticas, afirmando a realidade do mal e a vitória final de Deus. Lewis apela para a imaginação, por considerar que as doutrinas cristãs são absolutamente verdadeiras, mas tão elevadas que não possam ser conhecidas apenas racionalmente. Aí a imaginação entra em cena, para auxiliar-nos a vislumbrar as realidades transcendentes.


Lewis se casou no civil com Joy Davidman em 23 de abril de 1956, com a finalidade de conferir a ela a cidadania britânica, para prevenir a ameaça de deportação através das autoridades britânicas de imigração. Ela era americana, mãe de dois filhos — Douglas e David — e estava em processo de divórcio. Houston disse:

Por ter se beneficiado muito com os livros de C. S. Lewis, ela atravessou o Atlântico e alugou uma casa próxima de onde ele morava. Ela queria ser ajudada em sua fé por Lewis. Porém, o serviço secreto britânico descobriu que Joy havia sido membro do partido comunista americano e não lhe renovou o visto. [Então,] eles elaboraram o esquema mais maluco que se pode imaginar para que ela permanecesse na Inglaterra. Lewis lhe disse: "Caso-me com você, para você ter o visto, mas será só um contrato civil, e não passa disso. Você vive na sua casa e eu na minha. E não conte isso a ninguém".

Só que a descoberta de que Joy estava com câncer mudou toda a situação. Em março de 1957, um matrimônio ao lado da cama onde ela estava hospitalizada por causa do câncer foi realizado por um antigo aluno, o reverendo Peter Bide, conforme os ritos da igreja da Inglaterra, no Hospital de Wingfield. Tudo levava a crer que a morte de Joy era iminente, mas durante o ano ela experimentou uma recuperação exrraordinária. Em julho de 1958, Lewis e Joy realizaram uma viagem de lua-de-mel para a Irlanda e Gales, durante dez dias. Em 19 e 20 de agosto, ele gravou dez fitas de palestras sobre Os quatro amores (publicado em 1960), em Londres. Em 1959, Lewis foi agraciado com o doutorado honorário em literatura, pela Universidade de Manchester.

Holy Trinity Church
Mas, durante uma série de exames de rotina, foi constatado que o câncer de Joy havia retornado. Seguiram-se mais orações, mais lágrimas e mais dor. Joy e Lewis resolveram ir para a Grécia, ficando lá de 3 a 14 de abril de 1960, visitando, entre outros lugares, Atenas. Joy morreu em 13 de julho, em Oxford, com 45 anos, três meses depois do retorno deles da Grécia. Lewis escreveu: "Ao longo desses poucos anos [minha esposa] e eu tivemos um banquete de amor; todo o tipo dele... nenhuma brecha do coração ou do corpo ficou insatisfeita". Pouco antes de morrer, Joy disse para Lewis: "Você me fez feliz". E então: "Eu estou em paz com Deus".

Após o funeral, Lewis disse para o seu irmão: "Meu coração e corpo estão clamando, volte, volte... mas eu sei que isso é impossível. Eu sei que a coisa que eu mais quero é exatamente a coisa que eu nunca posso adquirir. A velha vida, as piadas, os debates, o amor...". Deus, que fora tão íntimo e sustentador, agora parecia tê-lo abandonado. Lewis estava frustrado e zangado. Chamou Deus de "sádico cósmico" e duvidou de tudo em que já tinha crido sobre ele.

Sepultura de C. S. Lewis
Então, em certa manhã, Lewis acordou e constatou que toda a tristeza e dúvida passaram. No meio de sua dor e confusão, ele descobriu: "Você não pode ver direito se seus olhos estão marejados de lágrimas".

Lewis morreu numa sexta-feira, 22 de novembro de 1963, às 5h30 da tarde, com 64 anos. Ele tinha deixado sua função em Cambridge durante o verão e foi sepultado num campo atrás da Igreja da Santa Trindade, em Headington Quarry, Oxford. Uma lápide simples marca a sepultura, que seria compartilhada com seu irmão, Warnie, que faleceu em 9 de abril de 1973. Está enfeitada por uma singela cruz, e pelas palavras "Os homens têm de suportar a sua partida".

C. S. Lewis, Huxley, Kennedy
Ele morreu no mesmo dia em que faleceram o presidente dos Estados Unidos, John E Kennedy, e o filósofo Aldous Huxley, e, como notou Peter Kreeft, esses três homens representaram as três filosofias mais importantes da história: o antigo cristianismo clássico, conhecido como "cristianismo puro e simples" (Lewis), o moderno humanismo ocidental (Kennedy) e o antigo panteísmo oriental (Huxley).

Um cristão para todos os cristãos

Lewis era muito modesto em relação à vida devocional. Ele gostava de dizer: "Não sou como os místicos, aqueles que sobem a montanha para orar. Sou alguém que está no sopé da montanha. Eu não estou muito alto, nem lá embaixo. Vivo no meio da montanha, como um cristão normal". Lewis achava que a submissão à vontade de Deus é mais importante do que fazer grandes façanhas na oração. Ele aconselhava: "Não seja dramático em sua vida de oração". Ele meditava e orava ao redor do parque, depois de dar suas aulas na universidade. Também delineou a força de atração do que chamava de "doce desejo e alegria", a saber, o sabor da presença de Deus na vida diária, que atinge o coração como se fosse um golpe, quando a pessoa experimenta e desfruta das coisas, revelando-se, em última análise, com um anelo não satisfeito por quaisquer realidades ou relacionamentos criados, mas amenizado somente na entrega de si mesmo, no amor do Criador, em Cristo.

Conforme Lewis sabia, diferentes estímulos disparam esse desejo em diferentes pessoas. Quanto a si mesmo ele falava sobre "o cheiro de uma fogueira, o sonido de patos selvagens que passam voando baixo, o título de The Well at the World's End, as linhas iniciais de Kubla Khan, as teias de aranha de fim de verão, o ruído das ondas na praia". Ao lado de diversos escritores do passado, que tinham um discernimento muito mais profundo sobre essas questões que as pessoas de hoje, Lewis via o amor a Deus nos elevando até Deus, enquanto o contemplamos e o desejamos por Ele, em lugar de arrastar Deus para baixo, em nosso nível, como muiros hoje em dia tendem a fazer.

James Houston, que conviveu com Lewis de 1947 a 1952, re¬gistrou a impressão que tinha sobte ele:

Gostava muito de estar num ambiente onde havia controvérsia e discussão. Era tão perspicaz e cheio de humor que nos deixava receosos de nos aproximar dele. Mas, na verdade, Lewis era muito tímido e discreto com sua própria vida emocional. [Ele] tinha um par de sapatos marrom, uma calça de veludo marrom e uma jaqueta marrom que usou por uns quinze anos. A jaqueta estava sempre amarrotada na altura do colarinho.

Ele era um cristão praticante, que orava, paciente e persistentemente, fazendo o bem. Não era um teólogo profissional, mas era, em suas palavras, "apenas um cristão comum, tentando pensar com clareza", que buscava evitar as disputas entre as diferentes igrejas, por crer que Deus o colocara na linha de frente, onde o cristianismo enfrenta o mundo, e não por trás delas, onde uma guerra civil assola os cristãos. Sua tarefa era a de defender o cristianismo puro e simples, e não qualquer igreja em particular, demonstrando a superioridade racional do cristianismo sobre todo e qualquer entendimento da realidade.

Segundo Russell Shedd:

A originalidade de seu pensamento, o incomparável progresso de sua lógica e a criatividade de suas idéias são como um banquete posto para famintos. E difícil menosprezar esse gigante das letras, mesmo quando não temos a capacidade de captar todas as nuanças da ampla compreensão que ele tinha do cristianismo. [Mas] é possível sentir a paixão de um coração voltado para Deus e preocupado com a transmissão das boas-novas de salvação. Ele talentosamente comunica-se com homens que em parte rejeitaram o evangelho por causa da simplicidade de evangelistas faltos de profundidade.



Franklin Ferreira( adaptado)
Beijos e bençãos , espero que vocês gostem!





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