Reciclagem - Os materiais recicláveis
PAPEL E AFINS
Papel O Brasil produz cerca de 250 mil toneladas de lixo por dia. Desse total, são aproximadamente 20 mil toneladas de papel diários, dos quais cerca de 35% são recuperados para reciclagem. O País não incentiva, entretanto, a reciclagem do produto, já que é um grande produtor de celulose virgem. São várias as vantagens proporcionadas pela reciclagem, além da evidente preservação de recursos naturais das florestas. Dentre elas pode-se destacar: |
O consumo de energia no processo de reciclagem é 50% menor do que na produção de papel novo.
O consumo de água no processo de reciclagem também é 50% menor.
A reciclagem reduz o lixo, já que papel e papelão representam em média 40% dos resíduos urbanos brasileiros e têm um tempo médio de decomposição de aproximadamente 3 anos.
A reciclagem diminui os índices de poluição da água e da atmosfera.
O papel para reciclagem pode ser dividido em ondulado e de escritório. As caixas feitas em papel ondulado são facilmente recicláveis, consumidas principalmente pelas indústrias de embalagens, responsáveis pela utilização de 80% das aparas recicladas no Brasil. Somente 18% das aparas são consumidas para fabricação de papéis sanitários e 8% destinados à impressão e escrita. São Paulo (43,7%), Paraná (12,7%) e Rio de Janeiro (11,8%) são os maiores consumidores de aparas para fabricação de papel. No mundo, os EUA são os que mais consomem aparas, com 21,3 milhões de toneladas/ano. No Brasil, 60% do volume total de papel ondulado consumido é reciclado, totalizando 720 mil toneladas/ano.
Papel de escritório é o nome genérico dado a uma variedade de produtos usados em escritório, como papéis de carta, blocos, revistas e folhetos. Nos EUA, mais da metade do papel de escritório reciclado é exportada. Em muitos casos, porém, o custo de fabricação de papel reciclado pode ser maior do que a produção a partir de celulose virgem. Em 1993, 103 mil toneladas de papéis mistos foram recicladas pela indústria brasileira.
Embalagem longa vida
A embalagem multicamada, conhecida popularmente como longa vida, é também denominada Tetra Brik ou cartonada. A embalagem é composta de 75% de papel cartão, 20% de polietileno e 5% de alumínio. Foi desenvolvida em 1961 por Ruben Rausing, fundador da empresa Tetra Pak, com sede em Lund, na Suécia.
A embalagem multicamada é usada, principalmente, em leite longa vida, chá, sucos, creme de leite, molho e extrato de tomate, maionese, bebidas lácteas, geléia, caldos e gelatinas. Em 1997, 40% do leite produzido no País foram embalados em caixas cartonadas.
No Brasil, sua produção iniciou-se em 1978 e em 1997 foram lançadas no mercado cerca de 3 bilhões dessas embalagens. Hoje, em torno de 10% desse total retornam através de alguma forma de reciclagem.
A reciclagem desta embalagem é atualmente feita de duas formas. A prensagem é um processo no qual as embalagens longa vida são trituradas e prensadas, sem separação de seus componentes. A prensagem é feita em altas temperaturas e o resultado são chapas semelhantes a madeira compensada, que podem ser utilizadas para fabricação de móveis e divisórias.
No reaproveitamento da fibra de papel, feito pelas indústrias de papel e papelão, as embalagens são desmembradas em um grande liquidificador para sua futura transformação em papel kraft, papelão ondulado e outros.
Tanto o polietileno quanto o alumínio podem também ser reaproveitados, embora haja divergência sob os pontos de vista econômico e ambiental a respeito desses processos.
VIDRO As embalagens de vidro são usadas para bebidas, produtos comestíveis, medicamentos, perfumes cosméticos e outros artigos. Garrafas, potes e frascos superam a metade da produção de vidro no Brasil. Usando em sua composição areia, calcário, barrilha e feldspato, o vidro é durável, inerte e tem alta taxa de aproveitamento nas residências. Metade dos recipientes de vidro fabricada no País é retornável. Além disso, o material é de fácil reciclagem, já que pode voltar a produção de novas embalagens substituindo o produto virgem sem perda da qualidade. No Brasil, o vidro corresponde a 3% dos resíduos urbanos. Nos Estados Unidos, o índice em 1993 era de 6,6%, o equivalente a 11,3 milhões de toneladas por ano. O Brasil produz em média 800 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, usando cerca de um quarto de matéria-prima reciclada na forma de cacos. Parte deles foi gerada com refugo nas fábricas e parte retornou por meio da coleta. Os Estados Unidos produziram 10,3 milhões de toneladas em 1990, totalizando 41,1 bilhões de embalagens, principalmente para alimentos (33%) e cerveja (31%). Desse total, de 500 mil a 1 milhão de toneladas foram importadas. |
Cerca de 27,6% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil, somando 220 mil toneladas por ano. Desse total, 5% são geradas por engarrafadores de bebidas, 10% por sucateiros e 6% provém das coletas promovidas por vidrarias. Os outros 12% representam refugos de vidro gerados nas fábricas, reaproveitados para compor novas embalagens. Nos EUA, o índice de reciclagem em 1993 foi de 24,6%, correspondendo a 3 milhões de toneladas. No Japão, são recuperadas 55,5%, o que representa 1,3 milhão de toneladas.
O vidro deve ser separado por cor para evitar alterações de padrão visual do produto final e reações que formam espumas indesejáveis no forno. Frascos de remédios só podem ser reciclados se coletados separadamente do lixo hospitalar. As embalagens quebradas servem para reciclagem. O vidro não é biodegradável
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