Dois executivos estavam envolvidos em incessante contenda, que estava exercendo impacto negativo na empresa. Depois de falhar todos os esforços internos para resolver a disputa, o CEO me perguntou se estaria disposto a ser o pacificador entre ambos.
Como os dois professavam seguir a Jesus Cristo, pensei que isso tornaria minha tarefa um pouco mais fácil: ouviria e compreenderia ambos os lados da história e depois aplicaria princípios bíblicos para resolver o conflito.
Depois de entrevistar cada um separadamente, eu os reuni e expliquei o que acreditava que Deus desejava que acontecesse naquela situação. Momentos depois observei Deus fazer um trabalho surpreendente no coração de ambos. Os dois homens olharam um para o outro e se abraçaram como irmãos que compartilham uma ligação comum em Cristo. Depois oraram um pelo outro, assumindo o compromisso de continuar fazendo isso.
Enquanto observava a cura espontânea desse relacionamento profissional, pensei nas palavras de Jesus: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9).
Vivemos em um mundo — incluindo o mercado de trabalho — em que animosidade e relacionamentos antagônicos parecem ser regra e não exceção. Competição, inveja, índole vingativa e outros sentimentos destrutivos deixam pouco espaço para “paz” no ambiente de trabalho. O conflito é tão generalizado que parece que a capacidade de fazer as pazes foi perdida. Daí a necessidade de “pacificadores” — promotores da paz —como Jesus ressaltou.
Fui privilegiado e abençoado por fazer parte de algo maravilhoso que Deus fez na vida daqueles dois líderes empresariais. E não foram habilidades, profundo discernimento ou técnicas especiais que me capacitaram a ser facilitador nesse processo para que chegássemos a um final bem-sucedido. Deus realizou a obra. Ele usa pacificadores para promover cura. Ele quer usar você também.
Existe diferença entre pacificação e manutenção da paz. Manutenção da paz consiste em olhar para o outro lado, ignorando o conflito, esperando tolamente que ele desapareça por si mesmo. Raramente isso acontece.
Pacificar envolve abordar o conflito e as partes envolvidas intencionalmente, propositalmente, com objetivo de encontrar solução aceitável para todos. O ideal é que a resolução represente ganho para todos, para que ninguém sinta que suas necessidades ou interesses não foram levados em consideração.
A paz deveria ser a marca de todos que professam seguir a Jesus Cristo e, como tal, temos a obrigação de ajudar a promovê-la sempre que pudermos. Nem sempre é fácil; fazer brotar harmonia da discórdia pode ser uma dura tarefa. Ainda assim, somos exortados a fazer exatamente isto: “Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados” (Hebreus 12.11).
Vamos ser promotores da paz em 2013!
Rick Boxx
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